Giovanna Truffi Rinaldi.

26/08/2025

Beleza de Barbie no visual, sensibilidade aguçada e visão estratégica de gigante. De Duartina a São Paulo, Giovanna  Truffi Rinaldi faz do 21º Registro  Civil um ícone de acolhimento e alta performance

 

1. Você nasceu a primeira filha, neta e sobrinha um posto que costuma vir com olhares atentos e expectativas silenciosas. Em algum momento, sentiu que precisava provar algo para o mundo... ou para si mesma?

R.         Acredito que, quando nasci, foi uma grande surpresa e alegria para toda a família. Recebi muita atenção e muito carinho de todos. Então, de certa forma, sim: ser a primeira dentro da família naturalmente me colocou sob muitos olhares e expectativas mesmo que silenciosas. Refletindo sobre a pergunta, muito interessante por sinal, desde cedo desenvolvi um senso de responsabilidade muito forte, não apenas com os outros, mas comigo mesma. Queria fazer todas as coisas corretamente, ajudar meus pais e avós, amigos, ir bem na escola. Tinha muita energia e criatividade: sempre inventava um negócio para vender coisas na porta de casa (quando criança, vendi pipoca, brinquedos, bolos, pintei unhas, ajudava meus pais no posto de gasolina, ia passear com meu avô no trabalho, entre outras coisas curiosas). Lembro de uma passagem, quando aprendi a escrever, em que registrei em um caderninho o nome de todas as minhas bonecas. Acho que já era um presságio de registradora rs. Nunca ninguém me pressionou a nada, e venho de uma família mais paternalista, em que as mulheres não tinham carreira. Então, foi uma grande quebra de paradigmas quando assumi essa missão pessoal. Sentia que precisava honrar tudo que recebi: a confiança e os sonhos que me antecederam, como se minha trajetória fosse, também, uma continuidade da história dos que vieram antes mas com a minha própria personalidade. Não à toa, ingressei solitária no mundo jurídico e nos concursos públicos de serventias extrajudiciais, mesmo sem nenhum familiar nessa área. Isso me impulsionou a buscar independência e significado em tudo o que faço, respeitando também a minha individualidade e minhas características mais fortes, que me diferenciam e que fizeram com que eu conseguisse, de fato, alcançar meus objetivos profissionais.

 

 

Giovanna Truffi Rinaldi

 

2. De uma cidade com 12 mil habitantes (Duartina/SP) à capital paulista. O que ninguém vê quando olha para uma titular que chegou lá?

R.        Ser titular na Capital, de início, era um sonho de uma estudante de Direito e, com o tempo, se tornou um foco, trabalho e objetivo de vida. Olhando para o destino final e os longos dez anos de estudos e preparações até alcançar o objetivo de assumir uma serventia na Capital, posso afirmar que ninguém vê os sacrifícios, as dores, os choros, as dúvidas e até a vontade de desistir que senti em muitos momentos desse caminhar. Foram muitos domingos e feriados longe da família, mas próxima dos professores e alunos dos cursos preparatórios. Muitas horas nas cabines de estudo, aniversários passados estudando, o coração apertado e a angústia de se todo esse tempo dedicado valeria a pena. Coisas que não comentamos, mas que acabam acontecendo com concurseiros: passei por situações delicadas de concurso, quando estava a 500 km de casa, sozinha em Barretos( escolhido no 9° concurso), e não consegui classificação para escolher uma serventia no 10º concurso, mesmo aprovada. Muitas noites em claro estudando até o limite, muito café, marca-textos e planejamentos contínuos. Perdi também muitas coisas e pessoas no decorrer dos estudos: momentos, relacionamentos, amizades, decepções afinal, a vida não para para você estudar. Pessoas que se distanciaram pelos estudos, pela não compreensão de tudo isso, pelas ausências sentidas e o distanciamento causado pelo tempo dedicado ao estudo. E, mesmo para quem se encontra inserido no contexto de concurso, existem complexidades difíceis de absorver nessas fases. Além disso, precisei continuar trabalhando com responsabilidade e equilíbrio, com muitos pratinhos para segurar. Posso afirmar que a jornada até aqui foi construída com muito esforço, fé, coragem, superação de dificuldades e dedicação ao meu trabalho e ao estudo além de uma determinação inabalável de uma boa taurina que sou. Afinal, para se alcançar algo grandioso, é necessário fazer muitas concessões e seguir em frente com coragem. Uma força que não sei explicar, dentro de uma mulher que aprendeu muito a ser resiliente nesse processo

 

 

Giovanna Truffi Rinaldi Giovanna Truffi Rinaldi

 

3. Sua nova sede é moderna, acessível, arborizada e, ainda assim, acolhedora (Registro Civil das Pessoas Naturais do 21º Subdistrito da Saúde). Para além da estrutura física, o que esse prédio diz sobre quem você se tornou ao longo dos anos? Há algo ali que é também autobiográfico?

R.           Esse novo prédio em que está instalado o 21 foi, por muitos anos, procurado, estudado e pensado para alcançar justamente esses objetivos mencionados. Moderno, acessível, arborizado e acolhedor também confortável para os funcionários e usuários. Para mim, representa mais do que um espaço físico: simboliza uma egrégora do melhor que busquei entregar para o serviço extrajudicial, de tudo que aprendi ao longo desses 12 anos de atividade. Tive muito apoio familiar nos projetos, na obra, e grande participação do meu substituto Vagner na reforma do prédio, a quem sou muito grata. Cada detalhe foi pensado para acolher com dignidade, como eu mesma gostaria de ser recebida em uma serventia extrajudicial. O prédio é funcional, totalmente acessível e contemporâneo e, além disso, carrega a alma de uma registradora civil preocupada com a técnica e com as pessoas. Em cada planta escolhida, em cada tom da nossa paleta de cores (tons de azul, branco e cinza), há o desejo de tornar o serviço mais próximo, mais humano e real às necessidades dos usuários. Acredito que fala muito sobre minha própria trajetória no extrajudicial: firme nas raízes, atenta às mudanças, com um olhar que mistura técnica e sensibilidade.

 

 

Giovanna Truffi Rinaldi

 

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4. Você inaugurou a sala de casamento da serventia com uma homenagem sensível aos seus avós maternos, eternizando o nome deles em um espaço tão simbólico. Já celebrou a união de familiares, primos, amigos e desconhecidos. O que mais te comove nesse ato de celebrar o amor do outro? E, na sua visão, qual é o papel do Direito nesse momento tão simbólico e humano?

R.         O ato civil e solene do casamento é a maior representação do amor, da comunhão de vidas e um dos atos mais felizes do registro civil, pois, muitas vezes, marca o começo da história de uma família. Sempre me emociono com os olhares e o frio na barriga dos noivos, a preparação deles até o momento da solenidade do ato. O casamento é um ato de fé no outro e no futuro a dois. Batizar a sala de casamentos do cartório com o nome dos meus avós maternos, José Eduardo e Alcy Izabel Truffi, foi uma homenagem à história deles juntos, que me inspira diariamente. Neste ano, em particular, completaram 60 anos de casamento. Representa também o papel deles em minha vida, pois foram verdadeiros pais na minha adolescência até a juventude, quando meus pais passaram por muitas dificuldades financeiras. Fui acolhida com muito amor por eles e morei sob o teto deles por bons e saudosos anos. As bodas de diamante deles simbolizam um amor que, como essa pedra preciosa, é raro, resistente e de valor inestimável. Assim como o diamante é forjado sob pressão e tempo, acredito que os vínculos mais verdadeiros se constroem na continuidade dos gestos diários, com respeito, parceria e dedicação incondicional. Essa história é, para mim, um testemunho vivo de que o afeto é, de fato, o mais sólido alicerce da vida e sempre terei isso comigo. Assim, o Direito tem um papel essencial nesse cenário, ao formalizar essa intenção profunda das partes de se unirem em casamento com efeitos jurídicos, reconhecimento, segurança e legitimidade, cabendo ao registrador civil a missão de atuar nesse cenário para produzir esses efeitos. Todos os casamentos celebrados no cartório são muito importantes para mim.

 

 

Giovanna Truffi Rinaldi

 

5. Você é formada, pós-graduada, mestre, doutora, professora, palestrante. Mas já passou noites em claro, enfrentou editais, viveu longe dos seus, fez malas e desfez planos. O que existe por trás do seu currículo que ainda pulsa mais forte que os títulos?

R.           Toda pessoa tem suas potencialidades e dons, seus aspectos individuais que compõem a personalidade e a sua essência. Algumas vezes, no início, senti que fui julgada e até mesmo subestimada em aspectos profissionais por pessoas que não me conheciam a fundo. O que posso afirmar é que, dentro dessa pessoa que todos olham com esse currículo, está alguém que aprendeu muito com os nãos que recebeu, que foram cada vez mais motivadores para ir além, ser mais dedicada, mais perfeccionista e melhor a cada dia. Desenvolvi minhas habilidades de gestão de pessoas e de administração com maestria nas serventias por onde passei, reformei as instalações de Barretos e do 21º Subdistrito da Capital, treinei pessoas para o serviço e para serem pessoas melhores em suas trajetórias, contribuí com causas sociais relevantes, cuidei dos aspectos psicológicos de muitos colaboradores que estiveram ao meu alcance e segurei muita barra financeira para manter pessoas em seus postos de trabalho na pandemia e ao assumir os cartórios, fiz acordos trabalhistas e preservei a possibilidade de aposentadoria de funcionários estatutários que passaram por mim nessa jornada. Fiz, também, muito sacrifício pelo bem-estar dos colaboradores. A filha, a neta, a sobrinha que sabia que, para conquistar seus sonhos e objetivos, precisaria caminhar sozinha muitas vezes com disciplina e fé, para mostrar seu valor ao mundo. O que pulsa mais forte é a gratidão por ter realmente conseguido mostrar quem sou nesse tempo todo, chegado até aqui, apesar de todos os obstáculos, e por poder usar o conhecimento não como troféu, mas como ferramenta de transformação na minha vida e na minha realidade.

 

 

Giovanna Truffi Rinaldi Giovanna Truffi Rinaldi Giovanna Truffi Rinaldi

 

6. Frases como Podem tirar tudo de nós, menos o conhecimento ou Um coração agradecido faz milagres onde o distraído vê rotina marcam presença em suas redes e revelam muito sobre sua visão de mundo. Alguma delas já te ajudou em momentos difíceis?

R.         Sim, muito! Eu gosto de trazer frases que nos motivam e contribuem com a positividade pessoal. Quanto às frases mencionadas, elas foram importantes especialmente quando o cansaço ameaçava silenciar a esperança. A gratidão, para mim, é um exercício diário de fé, capaz de ressignificar até os dias mais áridos. A frase Um coração agradecido faz milagres onde o distraído vê rotina ensina a perceber toda a beleza dos detalhes do nosso dia a dia e que, para ser feliz, basta olhar aquilo que temos com amor. Ser feliz é simples. Muitas vezes, esperamos o momento certo para algumas coisas, mas a real é que todos os dias são o momento certo para ser feliz e grato pelo que temos e vivemos sejam aspectos pessoais ou profissionais. Já a frase Podem tirar tudo de nós, menos o conhecimento reforça o valor do saber como liberdade, um mantra que tenho para mim desde sempre. Toda essa dedicação aos estudos e os tantos cursos lato sensu que fiz demonstram a força dessa frase para mim.

 

 

Giovanna Truffi Rinaldi

 

7. À frente do Registro Civil das Pessoas Naturais do 2º Subdistrito de Barretos cidade marcada nacionalmente pelo trabalho do Hospital de Amor você protagonizou ações de grande impacto simbólico, como a doação do próprio cabelo. Em um setor muitas vezes associado apenas à técnica e à formalidade, como enxerga o papel do cartório e do titular como agentes de empatia e transformação social? Acredita que atitudes como essa, discretas porém genuínas, têm o poder de inspirar colegas e aproximar ainda mais os serviços da comunidade?

R.         Sempre fui intensa em tudo que fiz na vida. Quando decidi escolher as serventias de Duartina e de Barretos, mesmo com casa e família estruturada, eu realmente me mudei para lá e vivenciei muito aquelas comunidades, que me trouxeram muito aprendizado muito além do que eu esperava. Me surpreendi em Barretos com uma cidade de pessoas muito do bem e fáceis de lidar, que, apesar de a princípio termos uma impressão do aspecto mais rústico e seletivo originado pela festa do peão, tem um coração enorme e me acolheram muito bem. O Hospital do Amor é uma filosofia de vida naquela cidade, que se reúne para ajudar e contribuir com as pessoas necessitadas em tratamento de câncer. Fui testemunha de todo esse trabalho que eles realizam em Barretos, tendo participado de algumas ações nas casas de acolhimento de crianças, e o meu subdistrito alcançava os óbitos do hospital. Tive a experiência de fazer um trabalho social com crianças em tratamento e a tristeza de registrar o óbito das crianças que conheci. Foi algo muito transformador na minha vida, e, nessa época, eu realmente fiz uma doação de cabelo, representando ainda mais esse movimento. Mas, aproveitando o ensejo da sua pergunta, acredito que sim, o titular pode ser agente de empatia e transformação social, especialmente quando feitas com verdade, nas localidades em que atua. A serventia extrajudicial é, por natureza, um espaço de formalidade, seriedade e responsabilidade, mas isso não significa frieza e falta de compreensão com as realidades que estamos envolvidos. O registrador civil é um titular envolvido em situações existenciais muito marcantes: nascimento, casamento, morte, reconhecimento de direitos. Quando o titular se coloca com empatia, o serviço ganha mais significado. Eu sempre soube separar os aspectos pessoais dos profissionais, fui muito rigorosa e atenta à parte técnica jurídica, então isso nunca foi um problema. E também acredito que a sociedade hoje busca profissionais que tenham excelência, mas que, ao mesmo tempo, tragam exemplos mesmo que pequenos capazes de inspirar e aproximar as pessoas. O trabalho com pessoas, como o Registro Civil das Pessoas Naturais seja com os usuários ou os colaboradores é muito desafiador. Não tem como ser um bom gestor e treinar grandes equipes em performance sendo insensível, distante e frio. O aspecto humano é fundamental.

 

 

Giovanna Truffi Rinaldi

 

8. Com forte investimento em formação na área de gestão de pessoas, incluindo cursos de liderança, título de Master Coach pelo Instituto Brasileiro de Coaching e participação em eventos com nomes como Tony Robbins, a trajetória revela um compromisso consistente com o desenvolvimento humano e a alta performance. Essa bagagem aparece no dia a dia do cartório, especialmente nos treinamentos constantes que você oferece à equipe com direito até a coffee breaks. Na sua visão, qual é o papel da liderança humanizada no ambiente extrajudicial? E como transformar um cartório em um lugar de pertencimento e desempenho ao mesmo tempo?

R.           Como meu objetivo de vida era ser titular na Capital, eu sabia que precisava me preparar com muitas ferramentas de desenvolvimento humano para trabalhar nessa missão, bastante complexa, de lidar com um serviço de grande volume e com muitos colaboradores. Me preparei muito para isso também. Vejo a liderança humanizada no extrajudicial como algo importante, mas com certas ressalvas e limites, pois nem tudo podemos aplicar na gestão de um cartório, pelo fator formal e jurídico envolvido. Não temos tantas liberdades como empresas privadas e não podemos nos distanciar das obrigações legais e dos prazos que temos para cumprir. Temos que aprender a arte de equilibrar escuta, direção, assertividade, controle e presença. Como destaca Jeffrey A. Krames em Os Princípios de Liderança de Jack Welch (2006, p. 34), envolva todo mundo é um pilar essencial. Esse conceito me inspira a promover, na serventia, um ambiente no qual as pessoas se sintam ouvidas, estimuladas e parte do todo. Essa liderança se manifesta nos detalhes e na formação de líderes na serventia capazes de me ajudar a transmitir esses conceitos e responsabilidades. Quando faço os treinamentos na serventia, tento criar um momento diferente, de real interação, com muitos detalhes nas apresentações e até mesmo nos coffee breaks, pensados como momentos de acolhimento para dúvidas e reflexões do trabalho em geral. Acredito que o desempenho duradouro ocorre quando há vínculo, confiança e propósito compartilhado. Isto é, visão, missão e valores bastante evidentes na cultura da equipe.

 

 

Giovanna Truffi Rinaldi

 

9. Sem dúvida. Estar cercada por pessoas que compartilham dos mesmos valores e que enxergam no extrajudicial um verdadeiro instrumento de cidadania é como renovar, dia após dia, o entusiasmo pela missão que escolhi. Esses encontros, mais do que solenidades, são marcos afetivos e profissionais que me lembram o quanto valeu a pena manter a fé, persistir e me dedicar ao serviço extrajudicial por tantos anos, mesmo nos momentos mais desafiadores que passei. Ao mesmo tempo, representam a concretização de planos que um dia habitaram apenas o campo dos sonhos, e hoje são minha realidade, pois ganharam forma entre colegas, livros, celebrações e eventos importantes. Muitas pessoas do extrajudicial me inspiraram imensamente e continuam inspirando todos os dias. Fiquei muito feliz ao ser convidada pela Arpen-SP para representar a instituição perante os Tribunais, o que me proporcionou estar presente em muitos desses momentos importantes.

R.         Sem dúvida. Estar cercada por pessoas que compartilham dos mesmos valores e que enxergam no extrajudicial um verdadeiro instrumento de cidadania é como renovar, dia após dia, o entusiasmo pela missão que escolhi. Esses encontros, mais do que solenidades, são marcos afetivos e profissionais que me lembram o quanto valeu a pena manter a fé, persistir e me dedicar ao serviço extrajudicial por tantos anos, mesmo nos momentos mais desafiadores que passei. Ao mesmo tempo, representam a concretização de planos que um dia habitaram apenas o campo dos sonhos, e hoje são minha realidade, pois ganharam forma entre colegas, livros, celebrações e eventos importantes. Muitas pessoas do extrajudicial me inspiraram imensamente e continuam inspirando todos os dias. Fiquei muito feliz ao ser convidada pela Arpen-SP para representar a instituição perante os Tribunais, o que me proporcionou estar presente em muitos desses momentos importantes.

 

 

Giovanna Truffi Rinaldi

 

10. Se você estivesse hoje diante da Giovanna menina aquela criança livre e simples, que estudava em escolas públicas, carregava sua maletinha com orgulho e acompanhava os pais e os avôs ao trabalho, sonhando em ocupar seu lugar no mundo como eles Que conselhos daria... e que certezas devolveria ao coração daquela criança?

R.           Diria para ela acreditar nos próprios sonhos, mesmo quando o mundo dissesse o contrário. Que aquele desejo de realizar coisas importantes no mundo se concretizaria. Para persistir na fé, no estudo e na determinação inabalável em todos os seus projetos de vida. Que ela é uma vencedora, com todas as suas características pessoais uma mulher forte e sensível ao mesmo tempo, capaz de transformar e ressignificar todas as dificuldades em realizações.

 

 

Giovanna Truffi Rinaldi

 

Nome Completo: Giovanna Truffi Rinaldi

Profissão: Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais

Data de Nascimento: 20 de Maio de 1986

Time do Coração: São Paulo Futebol Clube

Hobby Favorito: Ler livros sobre psicologia, contato com a natureza, cantar e meditar.

Uma Música que Inspira: Its My Life - Bon Jovi.

Um Livro Inesquecível: Muitos livros vêm à mente. Vou escolher um que faz mais sentido atualmente: A Coragem de Ser Imperfeito Brené Brown. Eu sempre fui muito perfeccionista e rígida ao longo da vida, até como consequência de longos anos de estudo para concurso público, mas esse livro e o momento que estou vivendo atualmente , além das responsabilidades com a saúde mental dos colaboradores (uma obrigação legal recente), trazem, com muita maturidade, uma visão diferenciada da importância de nos conectarmos com temas de vulnerabilidade para fortalecer nossa autenticidade e força emocional, bastante relevantes tanto para líderes quanto para mulheres em ambientes de pressão. Traz uma visão que deve ser vista com maior equilíbrio no trabalho e na vida pessoal.

Uma Citação Que Te Marca: Acredite em si mesmo e você será imparável.

Personalidades Que Você Admira: Maria da Penha (a violência contra a mulher existe muito mais do que imaginamos, e ela foi a precursora desse olhar jurídico e da necessidade de sua proteção; ela mudou a vida de muitas pessoas e gerações com sua história pessoal), profunda admiração e amizade pela Dra. Tânia Mara Ahualli e Dr. Vitor Kumpel, e, por fim, inevitável mencionar: Jesus.

Uma amizade que o extrajudicial te deu e que virou parte da sua história: Pergunta difícil, pois foram muitas amizades que o extrajudicial me deu, e não quero ser injusta com ninguém. Estou no extrajudicial há 12 anos como oficial, mas estudava em cursinho desde 2009. Então, são muitas pessoas especiais em cada momento da minha trajetória: colegas que compartilharam materiais, me deram oportunidade de conhecer um cartório de perto antes de entrar na atividade, que me deram aulas particulares e tiraram dúvidas, com quem fui aprovada, com quem compartilhei eventos e artigos São tantas pessoas queridas e momentos únicos que realmente não consigo escolher uma só. Só posso afirmar minha eterna gratidão a cada um deles, que sabem muito bem quem são e que foram tão importantes para mim tornaram esse caminhar mais leve e feliz.

Uma Saudade: Meu irmão mais novo, que faleceu com 19 anos em 2007. Já se passaram muitos anos, mas a saudade dele é bastante presente em minha vida saudade dos momentos da nossa infância, adolescência e juventude juntos. Um grande amigo e, hoje, um anjo no céu. Um amor eterno. Essa situação me fez aprender, ainda jovem, a lidar com a morte, a ter resiliência e força para enfrentar a vida. Por isso, sempre falo que devemos minimizar os problemas e ser positivos, pois, para muitas coisas, temos solução. Devemos valorizar a vida e as oportunidades diárias, sempre.

Um coração agradecido faz milagres onde o distraído vê rotina

Redes Sociais: @giovannatruffi (Instagram)

 


jornalista Samila Ariana Machado

"Histrias do Ofcio" uma iniciativa em parceria entre o INR e a jornalista Samila Ariana Machado. A coluna traz entrevistas exclusivas com personalidades do setor notarial e registral do Brasil e do exterior, revelando no apenas suas trajetrias profissionais, mas tambm seu impacto social e sua essnciahumana. O projeto conta com o apoio de importantes nomes e instituies do segmento: ICNR — Instituto de Compliance Notarial e Registral, Blog do DG, GADEC Cartrios — Grupo de Alto Desempenho em Estudos de Cartrio, Pedro Rocha (Tabelio e Registrador Civil), Rogrio Silva (empresrio especializado em livros raros, clssicos e antigos), Jornal Dirio, Douglas Gavazzi — Advocacia e Consultoria Notarial e Registral, e Estudos Notariais.

Com um olhar sensvel e aprofundado, Histrias do Ofcio valoriza os profissionais que constroem, com tica e dedicao, o presente e o futuro do servio extrajudicial.

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